Angola apresenta a quinta maior Zona Económica Exclusiva entre os membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Este dado é abordado numa nota da Direcção para os Assuntos Económicos e Empresariais da CPLP.
O documento a que o Jornal de Angola teve acesso aponta que a comunidade conseguiu a posição de quarta maior Zona Económica Exclusiva (ZEE) do mundo, com o Brasil a representar 47 por cento, Portugal 22, Cabo Verde 10, Moçambique 8,0, Angola 6,0, Guiné Equatorial 4,0, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste com 1,0 por cento cada uma da área total.
De acordo com a nota o conjunto de países da comunidade deteve, no período em referência, 14 por cento dos recursos hídricos de água doce, marinhos e minerais.
Este feito, refere a nota, pode estar associado com a participação de Angola na conferência de São Tomé, em que o país desempenhou um papel fundamental na estratégia 2016-2026, com vista o reforço da actuação da comunidade nas áreas de segurança alimentar e nutricional, energia, turismo, ambiente, oceanos, plataformas continentais, cultura, educação, ciência, tecnologia e ensino superior.
Por outro lado, o plano visa fortalecer a inovação, a competitividade e as oportunidades de emprego, tendo em conta a representação das pequenas, médias e grandes empresas (PME) garantindo o melhor acesso ao financiamento em todas as suas fases de desenvolvimento, em especial das pequenas startups que prossigam projectos inovadores e que procuram se expandir ou investir no comércio externo.
A Agenda Económica da CPLP tem como base sete eixos, entre os quais se destaca a promoção do comércio, do investimento, a capacitação institucional e empresarial, a melhoria dos mecanismos de financiamento, o reforço da competitividade, ao sistema de propriedade intelectual e o desenvolvimento à consolidação de infra-estruturas para a qualidade.
O Pilar Económico, designação pela qual também é conhecida, surge após forte iniciativa financeira do Governo angolano. O espaço total da Zona Económica Exclusiva dos países da lusofonia é de cerca de 7,9 milhões de quilómetros quadrados, geograficamente, corresponde a aproximadamente 300 milhões de habitantes, sendo que o mar é um dos elementos identitários desta comunidade de países, uma vez que todos os países são costeiros e três dos nove são arquipélagos.
Um dado referido na nota é de que a produção de petróleo e gás da CPLP atingiu o quarto lugar no mundo, nos últimos cinco anos.
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